quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

BRASIL INVESTE EM EDUCAÇÃO PARA BRASILEIROS ESTUDAREM NO EXTERIOR

Presidente Dilma lança editais que darão 12,5 mil bolsas de estudo no exterior a universitários 
Ascom MEC - 13/12/2011 - Brasília DF 


A presidenta da República, Dilma Rousseff, lança nesta terça-feira (13/12), durante cerimônia no Palácio do Planalto, editais que vão selecionar 12,5 mil estudantes universitários de graduação para bolsas de estudo no exterior. Podem concorrer às bolsas alunos de universidades públicas e privadas. As bolsas fazem parte do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF), que vai oferecer, até 2014, mais de 100 mil bolsas de estudos no exterior, em quatro anos, das quais 75 mil têm o apoio do governo federal e 26 mil da iniciativa privada. O beneficio se destina a estudantes e pesquisadores nas áreas de tecnologia e inovação, nas modalidades graduação-sanduíche, educação profissional e tecnológica e pós-graduação (doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado). Decreto - Na mesma solenidade, a Presidenta assinará o decreto que regulamenta o programa Ciência sem Fronteiras, que nesta primeira fase vai beneficiar apenas estudantes de graduação, para instituições de ensino superior dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália e França. As oportunidades são em cursos de graduação na “modalidade sanduíche” (casos em que os estudantes cursam um ano no exterior) e a previsão é de que cada um dos países ofereça, para graduação, até 2014, 10 mil bolsas, sendo que para os Estados Unidos a previsão é de 18 mil.
Inscrições – O período de inscrições será de 13 de dezembro de 2011 a 15 de janeiro de 2012 e, para se candidatar às bolsas, os estudantes devem atender aos requisitos definidos por edital de seleção.  Primeiros selecionados – O primeiro edital do Programa Ciência sem Fronteiras já selecionou, em caráter experimental, candidatos para cursos de graduação na modalidade sanduíche em universidades norte-americanas. A chamada pública coordenada pela Capes, recebeu 7.007 inscrições. Mil e quinhentos candidatos foram selecionados e os primeiros 841 embarcam em janeiro de 2012. Os demais seguirão em julho de 2012 para curso de idioma. Atração de cientistas - Dois outros editais serão lançados na cerimônia desta terça-feira com o objetivo de trazer estrangeiros ou brasileiros que atuam no exterior. O primeiro, Atração de Jovens Talentos, busca atrair e estimular a fixação, no Brasil, de jovens pesquisadores residentes no exterior, preferencialmente brasileiros, que tenham destacada produção científica e tecnológica. O segundo, Pesquisador Visitante Especial (PVE), busca fomentar o intercâmbio e a cooperação internacional visando o fortalecimento das pesquisas em temas prioritários por meio de parceria com lideranças internacionais. O objetivo é trazer para o Brasil pesquisadores de alto nível, que se destacam na área onde atuam.
Tecnólogos – A chamada pública Curso Superior de Tecnologia Sanduíche no Canadá (Tecnólogo Sanduíche), voltada a estudantes de instituições da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, permitirá a realização de estudos e estágio em instituições de ensino do Canadá. A seleção dos alunos será feita pelas instituições de destino. O candidato, depois de pré-selecionado pela instituição, deverá se inscrever no site do Programa Ciência sem Fronteiras, por meio do formulário on-line disponível no site www.cienciasemfronteiras.gov.br e enviar a documentação descrita no edital. Ciência sem Fronteiras – O Programa Ciência sem Fronteiras é uma iniciativa do Governo Federal que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio de alunos de graduação e pós-graduação e da mobilidade internacional. O programa é fruto de esforço do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), por meio de suas respectivas instituições de fomento – Capes e CNPq –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.



Ciência sem Fronteiras manda primeiros 616 alunos para intercâmbio

Expectativa é melhorar o ensino superior no Brasil 
Agência Brasil

O aumento do número de estudantes brasileiros de graduação e pós-graduação no exterior e a maior presença de pesquisadores estrangeiros no Brasil, estimulados pelo Programa Ciência sem Fronteiras, deve repercutir na qualidade do ensino na universidade brasileira. Essa é a expectativa do governo que, hoje (13), anunciou a partida dos primeiros alunos de graduação das áreas de tecnologia e engenharia para a temporada de um ano nos Estados Unidos. Até agora, há 616 com vagas confirmadas. Para o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Guimarães, já na volta desses estudantes, haverá “impacto na questão curricular”. Segundo ele, é comum, em outros países, uma carga horária de mais estudos e menos tempo em sala de aula. “Lá é pouca aula e muito estudo”, relatou. Guimarães calcula que a diferença se dá na proporção de 40 horas de aula no Brasil para 15 ou 16 horas de aula no exterior, por semana. A maior parte do tempo é preenchida com atividades em laboratório ou em biblioteca.
De acordo com o Índice Geral de Cursos (IGC), calculado pelo Ministério da Educação para mais de 2 mil instituições de ensino superior do Brasil, cerca de 20% das universidades públicas e 50% das universidades privadas têm desempenho insatisfatório. O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, também acredita que o Ciência sem Fronteiras possa alterar esse quadro, pois “tem efeito multiplicador” e “forçará” a rever o ensino. Ele lembra que as bolsas para jovens talentos e as bolsas para pesquisador visitante especial, a serem publicadas em editais conjuntos com as fundações estaduais de apoio e amparo à pesquisa, trarão quadros do interesse das universidades. 

Além disso, o programa trará efeito sobre a cultura do ensino. “O acesso à universidade expandiu-se nos últimos anos. Precisamos dar qualidade e expor os estudantes a um ambiente de inovação”, disse Oliva, à Agência Brasil, ao defender que “é possível fazer ciência e estar em ambiente produtivo. Eu quero que esses caras saiam para a indústria”. “A questão de ter o edital em fluxo contínuo significa que cada instituição pode se programar e definir as áreas estratégicas que deseja dar andamento nos próximos anos”, acrescenta o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), João Luiz Martins. Para ele, a publicação de editais será “fundamental para consolidar áreas de conhecimento, melhorar redes e trabalhar algumas áreas estratégicas que a gente precisa de apoio externo”.
Na opinião da presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, “o Ciência sem Fronteiras transcende a oferta de bolsa e chama a atenção para a necessidade de internacionalizar as universidades”, diz referindo-se à exigência de que os candidatos estudem línguas estrangeiras, em especial o inglês. “Se o país quer ser competitivo, a língua inglesa tem que fazer parte da nossa cultura. O programa abre debate dentro das universidades brasileiras quanto à possibilidade de ter curso em língua inglesa”, observou Helena Nader.



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

NOTÍCIAS

Educação a distância já responde por quase 15% das matrículas no ensino superior 
Agência Brasil

A educação a distância (EAD) já responde por 14,6% das matrículas de graduação no ensino superior do país, segundo dados do Censo da Educação Superior de 2010, divulgados no dia 7 de novembro de 2011 pelo Ministério da Educação (MEC). O número de estudantes em busca do diploma atingiu 6.379.299 alunos em 2.377 instituições de ensino superior, que oferecem 29.507 cursos. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o crescimento da modalidade a distância só não é maior porque o governo está dando “um ritmo” para que a expansão não ocorra com prejuízo da qualidade. “Na década de 1990 nós tivemos um crescimento [na educação presencial] que não estava bem administrado e nós não queremos que o mesmo aconteça com a EAD. O que queremos é um crescimento sustentável”. Segundo ele, o percentual de matrículas na EAD no Brasil pode ser considerado baixo em relação a outros países em que a modalidade responde por mais da metade das matrículas. As matrículas continuam concentradas (74%) nas instituições privadas, mas houve um crescimento de 12% no número de alunos das escolas públicas. Entre as instituições públicas de ensino superior, as municipais respondem por 1,6% do total das matrículas, as estaduais por 9,4% e as federais por 14,7%. Haddad destacou que o número de formandos em 2010 (973 mil) é mais que o dobro do registrado em 2001. Também houve crescimento no número de ingressantes das universidades federais, de 143 mil para 302 mil no mesmo período. 
Apesar de as regiões Norte e Nordeste terem registrado um aumento do número de estudantes no ensino superior entre 2001 e 2010, o Sudeste ainda é responsável por 48,7% das matrículas. O Sul fica com 16,9%, o Centro-Oeste concentra 9,1% e o Norte e o Nordeste, 6,5% e 19,3%, respectivamente. Em 2001, representavam 4,7% e 15,2% do total. Nos cursos presenciais, 3,9 milhões de matrículas estão no bacharelado, 928 mil nas licenciaturas e 545 mil na modalidade tecnológica, de menor duração. Já na educação a distância, as matrículas de licenciatura são 426 mil, de bacharelado, 268 mil, e nos tecnológicos, 235 mil.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

ESPECIAL MÁSTER OF BUSINESS ADMINISTRATION NO BRASIL E NO MUNDO


Harvard recria o seu MBA 

O Estado de São Paulo, 29/11/2011 - São Paulo SP

Harvard muda projeto do curso para dar mais experiência prática e internacional a seus alunos, sob o olhar atento das escolas de negócios do Brasil 
Sergio Pompeu e Carlos Lordelo - Estadão.edu

Em janeiro, cerca de 900 estudantes inauguram a fase mais vistosa de um novo capítulo na história da Escola de Negócios de Harvard, templo do ensino de administração. Divididos em 150 equipes, eles permanecerão pelo menos dez dias em empresas de 14 cidades, a maioria delas em países emergentes. A premissa é dar experiência prática (e acima de tudo internacional) aos futuros líderes de negócios. São Paulo terá participação especial no projeto. Receberá 96 alunos, que analisarão como são feitos negócios em 12 empresas. Pode parecer apenas outro programa de MBA internacional. Em se tratando de Harvard, é uma guinada histórica, a maior desde que a escola criou sua principal grife, o modelo de estudos de caso. Boa parte das grandes escolas de negócios do mundo imitou o modelo, que tinha um quê de revolucionário. A proposta de ensinar conceitos de administração analisando casos concretos de empresas ou de situações de mercado deu protagonismo aos alunos – isso em 1918, dez anos depois da criação da Harvard Business School (HBS).
Agora, Harvard propõe o field method, ou método de campo. Para isso, montou uma operação de logística que começou pela seleção de empresas em quatro continentes. O Field Project tem três módulos. O primeiro começou em setembro, quando os novatos da turma do MBA 2012 foram divididos em equipes globais (o grupo tem alunos de 73 nacionalidades) e começaram a analisar dados dos países e empresas que visitarão. “As companhias indicaram projetos nos quais estão interessadas, que envolvem algum tipo de inovação, em produto ou processo, e precisam ser destinados ao mercado consumidor”, diz Gustavo Herrero, que dirige em Buenos Aires um dos seis centros internacionais de pesquisa da HBS. “Queremos que eles tenham uma imersão verdadeira, entrem em contato com consumidores, tenham um feeling pelo elemento humano do negócio.”
Para isso, a escola selecionou uma mistura de companhias locais, regionais e multinacionais. Definiu como base do programa 12 cidades no exterior: San José (Costa Rica), Buenos Aires, São Paulo, Istambul, Varsóvia, as indianas Mumbai e Chennai, as chinesas Xangai e Chongqing, Ho Chi Min (Vietnã), Acra (Gana) e Cidade do Cabo. As americanas Boston, onde está o câmpus da HBS, e New Orleans serão usadas para alunos que, por motivos pessoais, não puderem deixar os Estados Unidos. Depois que voltarem a Boston, os estudantes terão de apresentar modelos de negócio concretos. “A terceira parte do Field Project é fazê-los refletir sobre o que aprenderam nas viagens e de fato entregar um produto ou serviço verdadeiro”, diz Brian Kenny, responsável pelas áreas de Comunicação e Marketing da universidade. “Até criamos ‘bolsas’, nos quais estudantes vão investir nos projetos dos colegas.” Por trás do field method está um franzino engenheiro que se tornou professor de administração, Nitin Nohria, e hoje encarna os desafios da HBS. Engenheiro de formação e pesquisador em administração, destacou-se pela defesa da ética nos negócios, ponto central do debate que se seguiu à crise financeira de 2008 – ano em que assumiu o cargo. Além disso, o homem que se propõe a acelerar a internacionalização de Harvard nasceu na Índia.
Construir capacidades amplas de liderança, construir o que eu chamo de sensibilidade global, de ir para um país e ser capaz de dimensionar, entender o contexto, saber no que ele é diferente daquele ao qual você se habituou”, disse Nohria, que visitou São Paulo em agosto, a convite da Fundação Estudar. “É isso que esperamos que o trabalho de campo cultive em nossos estudantes.” Mas é mais do que isso. O field method é uma das chaves para a sobrevivência da HBS a longo prazo no topo do ensino de administração no mundo. “Por mais de cem anos fomos uma grande instituição americana no grande século americano”, disse Nohria. “Como ainda poderemos ser líderes no que será, inevitavelmente, um século global?” 

De olho - As escolas de negócios brasileiras acompanham atentamente as mudanças em Harvard. “Os Estados Unidos sempre se consideraram o centro da geração de conhecimento e das melhores práticas administrativas no mundo. Agora estão percebendo que a expansão dos negócios depende de conhecer em profundidade a cultura empresarial nos mercados emergentes”, avalia o coordenador do MBA Executivo Internacional da FIA, James Wright. Embora vejam com bons olhos a reorientação do projeto pedagógico de Harvard, as escolas daqui vão continuar mandando seus alunos para fora sobretudo por meio de parcerias com outras instituições de ensino. Isso porque atendem a perfis diferentes de clientes: o MBA americano equivale a um mestrado e exige dedicação integral, enquanto no Brasil o MBA funciona como uma pós-graduação lato sensu com duas aulas por semana, em média. Se o aluno do MBA em Harvard tem 27 anos e não trabalha, quem faz MBA executivo no Brasil já passou dos 30 e ocupa cargos importantes nas estruturas das empresas. O que representa uma vantagem, já que o conhecimento adquirido no curso pode ser aplicado imediatamente. “Nosso aluno encontra-se em outro nível de experiência profissional”, resume o diretor acadêmico da Business School São Paulo, Armando Dal Colletto.
Para a diretora acadêmica de pós-graduação do Insper, Letícia Costa, as mudanças promovidas por Harvard aproximam a escola da realidade atual do mercado de trabalho – em que o desemprego bate níveis recorde nos países desenvolvidos e sobram vagas para profissionais bem capacitados nos emergentes. “Hoje os brasileiros preferem fazer MBA aqui porque, segundo eles, o ‘custo de oportunidade’ de parar de trabalhar é muito alto, por causa da economia aquecida.” As próprias empresas reforçaram a política de financiar os estudos de funcionários após perceber a necessidade de qualificar os executivos para enfrentar os desafios de um mercado cada vez mais global. Na Fundação Dom Cabral, de Minas, as mensalidades de 90% dos alunos do MBA são pagas diretamente pelas companhias. A instituição tornou-se um exemplo internacional de como opera uma relação bem azeitada entre escola, executivo e empresa. Não à toa, ficou em terceiro lugar no ranking do jornal Financial Times que mede a qualidade da educação executiva customizada, concebida para atender a necessidades específicas de cada empresa. Segundo o diretor de desenvolvimento da Dom Cabral, Paulo Resende, a realidade das empresas brasileiras serve de mote para casos discutidos em sala de aula e outras atividades do curso. “Acompanhamos de perto a internacionalização de nossos clientes, como quando a Embraer foi para a China, a Gerdau para os Estados Unidos e a Vale para a África, porque temos alunos dessas empresas.” Paulo afirma que a escola privilegia a formação prática para devolver às companhias profissionais mais bem preparados tecnicamente.

Mãos à obra

Em escolas de negócios brasileiras consultadas pelo Estadão.edu, não há iniciativa semelhante à de Harvard. Mas existem projetos pontuais com o mesmo foco, ainda que em escala infinitamente menor. O Insper, por exemplo, fechou uma parceria com as Universidades Nova de Lisboa e Católica Portuguesa para oferecer uma disciplina em que alunos do MBA das três instituições devem resolver um problema real de empresas com negócios no Brasil e em Portugal. A primeira edição do International Lab – como é chamada a matéria eletiva – ocorreu entre julho e agosto deste ano. Foi formado um time com três alunos do Insper e três portugueses. Nas primeiras duas semanas, o grupo se reuniu em São Paulo. Depois, a equipe passou quatro semanas trabalhando à distância e, por fim, teve mais duas semanas para concluir e apresentar o projeto, em Lisboa, a representantes do grupo hoteleiro Pestana. 

Normalmente os alunos discutiriam o caso em sala, mas tiveram a oportunidade de trabalhar com pessoas de outra nacionalidade, usar conceitos e ferramentas aprendidos ao longo do curso e se comunicar em nível de top management”, diz Letícia Costa, do Insper. Para Michel Bernardo da Silva, de 30 anos, a experiência de participar do International Lab foi importante para conhecer a maneira como pensam e trabalham os portugueses. Ele tirou folga do Banco Itaú, onde atua como coordenador de análise de mercado, para viajar a Lisboa. “Fiquei orgulhoso de ver que não sabíamos quase nada de hotelaria e conseguimos fazer uma proposta elogiada pelo Pestana”, diz. Michel termina o MBA no fim do ano. No Instituto Coppead de Administração, da UFRJ, os alunos do mestrado em Administração (o equivalente ao MBA americano) podem cursar uma disciplina optativa durante as férias de verão cujo objetivo é prestar consultoria a uma empresa. A matéria Projetos Multiculturais tem duração de uma semana e é realizada em parceria com a Universidade de San Diego, que envia alunos de MBA para uma temporada de estudos no Rio, entre o primeiro e o segundo ano do curso. 

São formados grupos de cinco ou seis pessoas, entre brasileiros e americanos. Cada equipe pega o projeto de uma empresa diferente – há de multinacionais a startups, que submetem seus problemas ao Coppead. Toda a comunicação deve ser feita em inglês, inclusive o relatório final, em que os alunos precisam escrever quais conceitos utilizaram na resolução das questões. “Ao fim do primeiro ano os alunos estão com uma bagagem muito boa. Já trabalharam bastantes casos e fizeram uma série de pesquisas de campo”, afirma a coordenadora de pós-graduação do Coppead, Denise Fleck. “As empresas acham os resultados fantásticos e costumam participar novamente.”
Raphael Assayag, de 31, matriculou-se na disciplina no início deste ano. Junto com os colegas, pegou o projeto de uma startup de energia eólica, que pediu ajuda para resolver falhas de logística, estoque e fluxo de processos. Mas o grupo detectou outro problema, o da comunicação com o cliente. “Percebemos que poderíamos ajudar muito mais a empresa revendo o posicionamento dela no mercado”, explica Raphael, formado em Ciências Contábeis pela Federal do Amazonas e com MBA Executivo em Marketing pela ESPM de São Paulo. Em uma semana, a equipe rebatizou os produtos, que tinham nomes técnicos, repaginou a identidade visual da empresa e até sugeriu um novo esqueleto para o site – onde ocorria grande parte dos contatos entre a companhia e possíveis clientes. “Conseguimos surpreendê-los”, diz Raphael, que está concluindo a dissertação. “É interessante quando a gente volta ao mercado, mesmo que por uma semana, porque vemos as coisas de uma forma muito mais clara. E é bom que isso aconteça inserido no contexto acadêmico, em que você pode se expor mais do que no dia a dia de uma empresa. Dá para perceber que o retorno é positivo quando você arrisca.”
Outra possibilidade para os alunos do mestrado do Coppead é fazer um summer job de seis semanas em empresas brasileiras. Apesar do nome, importado do hemisfério norte, o estágio ocorre entre maio e julho. Ao fim do período, as companhias que recebem os estudantes entregam uma avaliação de desempenho. O summer job é comum nas escolas de negócios americanas e europeias que oferecem o MBA em tempo integral. Quando o engenheiro Murilo Carrazedo, de 43, fez o mestrado na Manchester Business School, na Inglaterra, entre 2003 e 2004, tirou as férias para estagiar na DHL, gigante do setor de logística e correio expresso. Passou três meses na Bélgica trabalhando com um chefe croata e funcionários da Áustria, Alemanha e Finlândia. “Meu projeto era integrar as forças de vendas após uma série de aquisições de empresas que não se falavam”, explica Murilo. Depois ele fez um trabalho de conclusão de estágio para apresentar os resultados à escola. Hoje, sete anos depois, Murilo coordena a admissão e os projetos do Global MBA, programa da FGV no Rio em parceria com a Manchester.

Yes, nós temos MBA global 
O Estado de São Paulo, 29/11/2011 - São Paulo SP 

Etapa nacional do OneMBA, co-patrocinado pela FGV, mostra o que é o futuro, cada vez mais presente, dos negócios 
Sergio Pompeu - Estadão.edu

Por que não a Walmex?”, diz o mexicano Hector Soto, especialista em supply chain da Eaton Corporation, gigante americana de energia com vendas globais na casa dos US$ 14 bilhões. “Boa, eles estão crescendo, expandindo para a Costa Rica”, palpita o alemão Dominic Schaefer, gerente de contrato da Serco, empresa de serviços britânica que faturou mais de 4 bilhões de libras em 2010. “Não, o Walmex é controlado pelo Walmart, não é uma empresa genuína de país emergente”, intervém o holandês Martin Wysick, especialista em finanças do UBS – com sede na Suíça, o banco administra uma carteira de investimentos de 2,2 trilhões de francos suíços. “É, ele tem razão. Vamos mudar de setor. Acho que a gente poderia escolher a Gerdau”, sugere Genilson Melo, gerente financeiro da Copersucar, líder brasileira na venda de açúcar e etanol, com receita líquida superior a R$ 8,2 bilhões. O diálogo acima aconteceu num hotel de São Paulo no dia 19, no fim da residência latino-americana do OneMBA, iniciada uma semana antes na Cidade do México. Realizado em consórcio por cinco instituições de quatro continentes, entre elas a escola de negócios da Fundação Getulio Vargas em São Paulo, o OneMBA foi considerado o 26.º melhor curso executivo do mundo no ranking do jornal inglês Financial Times. Recém-reunidos num grupo de trabalho, Genilson e os colegas discutiam um projeto que apresentarão em maio durante a residência final do curso, na China e na Índia. A mesa tinha outros dois integrantes: o americano Eli Joseph, que trabalha com relações institucionais no laboratório Merck, e o especialista em TI Rajkumar Iyer, nascido na Índia e funcionário da IBM nos Estados Unidos. A tarefa dos seis será analisar a situação atual, estratégias e potencial de crescimento de duas empresas da mesma área, uma com origem num país emergente e outra do mundo desenvolvido. Depois de descartar vestuário e alimentação, eles optaram pela siderurgia, com a Gerdau e a americana Nucor. Martin ficou encarregado de fazer o primeiro levantamento sobre as duas empresas, aproveitando seu acesso aos bancos de dados do UBS.
Fuso - Na reunião, ainda houve tempo de definir que o grupo fará conferências telefônicas todas as quartas, às 20 horas. No horário brasileiro, bem entendido. Para Dominic, serão 23 horas. Mas ele não lamenta. “Num grupo anterior, tinha gente de Hong Kong e dos Estados Unidos. As conferências aconteciam às 6 da manhã para americanos, à noite para uma colega chinesa e à tarde para mim.” Os trabalhos em grupo, que acontecem nos cinco meses entre cada semana de residência internacional do OneMBA, uma em cada continente, são um dos aspectos mais interessantes do curso para a mexicana Kristan Segura, especialista em marketing de uma multinacional de tecnologia (ela pediu para que o nome da empresa fosse omitido). “Fui quatro anos gerente de marketing da Motorola no México e trabalhava com gente de vários países”, diz Kristan. “Mas aqui não existe o papel unificador da cultura da empresa, que atenua as diferenças.”
Na primeira equipe da qual participou, Kristan trabalhou com dois holandeses, dois americanos e um brasileiro. “Para americanos e europeus, o confronto de ideias é muito natural; para latinos, é algo visto como rude. Eu tive de aprender a ser assertiva. E gostei.” Genilson concorda. “Sem a hierarquia e o guarda-chuva corporativo, os conflitos aparecem. Tudo exige negociação e você precisa parar para pensar em como a cultura influencia o modo de agir do outro”, diz. “Há culturas mais abertas a receber uma cobrança direta, enquanto nós, latinos, costumamos reagir mal a isso. Americano tem como característica planejar muito; nós somos mais de fazer.” Longe de gerar diferenças irreconciliáveis, porém, esses conflitos representam uma oportunidade de crescimento. O gerente da Copersucar diz, por exemplo, que aprendeu bastante no trabalho com um chinês da sua primeira equipe no OneMBA. 

Ele dizia que tínhamos de decidir tudo por consenso. Eu rebatia: ‘Não funciona, temos milhares de coisas para resolver”, conta Genilson. Tudo mudou três conference calls depois. “Percebi o que era consenso para ele: as decisões são tomadas pela maioria, mas a minoria precisa sentir que teve voz, não foi excluída.” O brasileiro passou a aplicar o conceito na Copersucar, onde comanda mais de 50 pessoas. “Você aprende a pensar mais na origem e no perfil das pessoas, a ter um olhar mais focado no ser humano.” Além de questões surgidas durante o trabalho de grupo, as diferenças culturais aparecem em outros momentos do OneMBA, como nas avaliações que os alunos têm de fazer uns dos outros. Diretora do OneMBA na FGV, Silvia Sampaio diz que, na primeira vez em que os responsáveis pelo programa divulgaram as notas (antes sigilosas), brasileiros e mexicanos se sentiram traídos. “Alguns tiveram avaliações mais baixas e ficaram indignados. É difícil para nós aceitar que o americano possa te adorar, sair para tomar cerveja e, mesmo assim, dê nota baixa se você não cumpre o combinado.”

Cases e custos

Nos três dias da residência brasileira, cerca de cem alunos de todo o mundo assistiram a palestras de professores, executivos e especialistas sobre aspectos positivos do País – entre eles o crescimento do mercado interno apesar da crise internacional e cases de sucesso como os do frigorífico JBS, da transformação das Havaianas em marca global e da Native, maior exportadora mundial de açúcar orgânico. “A apresentação da qual mais gostei foi a de Leontino Balbo, diretor da Native. Ele criou um manejo biológico de cana de açúcar”, diz o alemão Dominic. “Achei incrível a paixão e a engenhosidade que ele colocou no projeto.” Os estrangeiros do OneMBA também se impressionaram com aspectos negativos do País, entre eles a estrutura tributária e gargalos que travam o crescimento, como os na infraestrutura e educação. “Fazer negócios no Brasil não é para iniciantes”, diz, no ônibus que levou os alunos a uma visita à sede da Natura, no dia 17, o francês Wilfrid Palcy, gerente de Recursos Humanos da Areva, conglomerado cuja principal atividade é a produção de energia nuclear. Entre as barreiras citadas por Wilfred aos negócios no Brasil estão a do idioma e o custo legal para contratar funcionários. “Se algum dia decidir iniciar um empreendimento aqui, vou precisar de um sócio brasileiro.” “Eles também ficaram assustados com os preços nos restaurantes e shoppings”, conta Silvia, da FGV. “Isso ajudou a despertar interesse pelo painel que fizemos sobre custo Brasil e outros obstáculos à competitividade do País.”

Preço - Já que o assunto é preço, o investimento no OneMBA (de R$ 118 mil para a turma que começará o programa em setembro, no caso da FGV) vale a pena? “Sim. Queria passar por um programa realmente global”, diz o alemão Dominic. “Não só as residências são legais. Conta muito a estrutura das universidades envolvidas e o team work.” “O motivo pelo qual escolhi o curso é que ele reflete precisamente o que faço. Na Motorola, eu fazia conference calls às 7 horas para falar com gente em Israel e depois com meus colegas brasileiros”, diz a mexicana Kristan. “Além de o programa ser bem realista, decidi que queria fazer um MBA Executivo enquanto trabalhava. Se entrasse num curso tradicional eu teria que deixar o trabalho por talvez três anos. E aí há um custo de oportunidade, porque você deixa o emprego, às vezes até o país, pode perder muitos contatos.” Um dos principais parâmetros de qualidade dos programas de MBA são rankings internacionais. Um dos itens do levantamento do FT é o aumento da remuneração depois do curso. No último ranking, os alunos do OneMBA afirmaram que, em média, o salário cresceu 55%.

O investimento vale a pena, com certeza”, diz Genilson. “Mas não penso em valorização a curto prazo, um aspecto sempre ressaltado em reportagens. Até porque pessoas apoiadas pelas empresas para fazer os programas já são vistas como candidatas a promoções, não dá para atribuir isso ao diploma.” Para Genilson, o principal benefício do OneMBA virá a longo prazo. “A chance de crescimento pessoal, de vivência internacional e o networking que o curso te dá também representam um patrimônio do profissional.” O networking, em escala internacional, também foi ressaltado como um atrativo do curso pelo gerente de RH Wilfrid. “Num grupo de trabalho, analisamos o caso da Pepsi e tínhamos alguém da companhia no time. Essa pessoa me pôs em contato com várias outras da empresa e pude conversar com o gerente sênior da Pepsi na França, que me deu insights interessantes sobre a companhia e sua estratégia no país. São informações que eu nunca teria conseguido em sites ou livros.” 

Tempo - Além de dinheiro, o participante do OneMBA precisa estar disposto a empenhar outro ativo igualmente importante: tempo. No dia 19, por exemplo, os alunos da FGV receberam de Silvia o material de leitura para o módulo que acaba em maio. O envelope tinha mais de um palmo de altura. “A demanda de tempo é equivalente à de um MBA full-time”, diz a professora. Os estudantes da FGV, por exemplo, têm a cada três semanas uma sexta-feira inteira de aulas. Sem falar nos trabalhos em grupo e nas residências internacionais. “Tem muita coisa para ler, analisar e escrever. Você precisa se dedicar durante a semana à noite e nos fins de semana”, diz Genilson. Ele afirma que, por estar sempre ocupado, recebe muitas cobranças da mulher e dos três filhos pequenos. “E olhe que a decisão de fazer o MBA foi tomada em conjunto com minha mulher.” O desempenho dos estudantes é avaliado de diversas formas: pelos colegas, pela participação em grupos de trabalho ou estudos de caso e em outros quesitos, que dependem, basicamente, de cada professor. Todos têm de tirar nota mínima de 7 para aprovação nas disciplinas. Quem sempre passa raspando precisa tomar cuidado. “Eles não podem acumular num determinado período do curso mais do que seis notas entre 7 e 7,9”, diz Silvia. Embora as normas do programa prevejam que alunos sejam até jubilados por notas insuficientes, isso nunca aconteceu nos dez anos de existência do OneMBA. Mas vários já foram reprovados em matérias específicas. “Acontece bastante. Aí ele tem de refazer a disciplina com a turma do ano seguinte”, explica Silvia.

Seleção - Para evitar que alunos entrem no OneMBA e só depois percebam que não têm como acompanhar o curso, a direção do programa na FGV faz uma avaliação cuidadosa, na qual a situação pessoal conta muito. “Perguntamos até se a pessoa tem alguma mudança prevista na vida, se está para casar ou ter filhos; conforme o caso, explicamos que talvez o momento não seja o mais adequado”, diz Silvia. No processo seletivo, os candidatos fazem entrevistas individuais e são ouvidos por bancas de professores. A única prova objetiva que conta pontos é o Graduate Management Admission Test (Gmat), que tem questões de matemática e inglês, muito usado para a admissão em programas de MBA no exterior. “Mais que o Gmat, a gente quer conhecer muito bem o aluno antes de fazer o programa, saber se agrega valor ao grupo, se está no momento certo de fazer o curso”, diz Silvia. Segundo ela, um equívoco comum é o candidato achar que o OneMBA será seu passaporte para se tornar um executivo global. “Muita gente não tem perfil para isso e não vai ser o curso que vai dar”, diz. “A ideia do programa é te preparar para ter sucesso nos negócios em diferentes situações, em qualquer lugar do mundo.”

Jogando na primeira divisão 
O Estado de São Paulo, 29/11/2011 - São Paulo SP 

Brasil tem 3 dos 40 melhores MBAs executivos do mundo no ranking do ‘Financial Times’, mas nossas universidades mal chegam às listas de top 200. O que as escolas de negócios podem ensinar a elas? 
Cedê Silva - Especial para o Estadão.edu

Enquanto três programas brasileiros de MBA executivo estão entre os 40 melhores do mundo no ranking do Financial Times, universidades de prestígio como USP e Unicamp enfrentam dificuldades para aparecer na lista das 200 melhores da consultoria QS ou da revista Times Higher Education (que até 2009 faziam juntas a avaliação e hoje têm rankings distintos). Nas listas de 2004, 2006 e 2009, o Brasil não tem uma só universidade entre as 200 melhores do mundo. Como pode um país mal avaliado em universidades ter algumas das melhores escolas de negócios? Para Silvio Laban, coordenador dos MBAs executivos do Insper, são universos distintos. “Uma universidade com milhares de alunos e dezenas de cursos é diferente de um programa que recebe 40 ou 50 alunos por ano”, afirma. Em sua opinião, os rankings servem para orientar os estudantes, mas são também ferramentas de marketing. “É preciso ver o que o ranking está medindo. O que significa a tabela do Campeonato Brasileiro? Mede a bilheteria, o espetáculo ou a regularidade?”

Os rankings de MBAs executivos e universidades, de fato, não medem a mesma coisa. O Financial Times, por exemplo, mede o salário dos ex-alunos e vê quanto a remuneração cresceu. A diversidade de alunos e professores, tanto de nacionalidade quanto a proporção de mulheres, é levada em conta, bem como se os professores publicam artigos em revistas acadêmicas. A Business Week envia e-mails aos ex-alunos e pede que completem um questionário de satisfação, e os próprios diretores dos programas fazem suas listas de “top 10”. Universidades são avaliadas por outros critérios. Na lista da QS, 40% da nota é dada pela reputação acadêmica e 20% leva em conta a razão entre o número de professores e o de citações de seus trabalhos. Ter poucos alunos por professor ajuda. A Times usa 13 indicadores, incluindo o dinheiro dedicado a pesquisas.

O coordenador de MBAs da ESPM, Edson Crescitelli, lembra que esses programas são bem mais novos que as universidades. “Eles já nasceram dentro de um padrão internacional. O que se discute aqui é próximo do discutido lá fora porque as empresas são globais.” Outra vantagem é a versatilidade. “Os MBAs não são engessados pelas normas do MEC como as universidades, podem evoluir mais rápido.” Publicar em inglês e ter alunos de vários países pesa nos rankings de universidades, lembra Maurício Jucá de Queiroz, diretor da FIA. Mas as aulas em português afastam estrangeiros. “Quantas faculdades brasileiras podem mandar professores para o exterior?”, indaga.

Segundo o diretor de desenvolvimento da Dom Cabral, Paulo Resende, no Brasil, o ensino superior tornou-se uma necessidade para ser alguém na vida, perdendo a relevância que tinha de formar pessoas em busca de uma vantagem competitiva. “As escolas de negócios têm um objetivo claro: capacitar executivos para as empresas.” Marina Heck, coordenadora no Brasil do OneMBA pela EAESP-FGV, acredita que os rankings não podem ser comparados. “Avaliação de universidade vê toda uma estrutura. Os rankings de MBA variam muito, cada um tem sua ênfase. O do Financial Times mede a diferença de salário, não tem nada a ver com estrutura.”

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

AS MELHORES FACULDADES DE DIREITO DE PERNAMBUCO SEGUNDO A OAB


Três faculdades de Pernambuco recebem selo de qualidade da OAB
Portal G1, 24/11/2011
 
Unicap, UFPE e Facape estão entre as instituições contempladas. Diretores de cursos criticam excesso de graduações de direito no Brasil 


Dos 1.210 cursos de direito do Brasil, 7,4% receberam, nesta quarta-feira (23), um selo de qualidade. A certificação foi criada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para atestar a qualidade das graduações do país. Em Pernambuco, três instituições foram escolhidas: a Universidade Federal (UFPE), a Universidade Católica e a Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape). Ao todo, foram avaliados 791 cursos de direito em todo o território. Para competir, eles precisavam ter participado dos três últimos Exames de Ordem unificados, com no mínimo 20 alunos participando de cada exame. Como instrumentos de avaliação, a Comissão Especial da OAB - integrada por advogados que são professores e especialistas em educação jurídica - utilizou uma ponderação dos índices obtidos por eles em aprovação nos Exames de Ordem (2010.2, 2010.3 e 2011.1) e no conceito obtido no último Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), realizado em 2009. 

A Faculdade de Direito da UFPE existe há 187 anos, tem 1.092 alunos matriculados e abre 250 vagas por ano. A vice-diretora da instituição, Fabíola dos Santos Albuquerque, acredita que o fato de apenas uma minoria receber o selo é um indicativo da realidade brasileira. "Não causa surpresa, porque infelizmente houve um crescimento absurdo dos cursos de direito, mas sem preocupação com a qualidade", afirma. Para ela, a unificação do exame da Ordem em território nacional é importante para garantir um critério justo de avaliação para todas as instituições. Alguns fatores, segundo Fabíola Albuquerque, explicam o bom resultado da UFPE. Ela ressalta o mérito dos alunos, que vêm conseguindo bons resultados em concursos e exames da OAB. "Atribuo também à quantidade de novos professores contratados, ao fato de termos uma pós-graduação e à integração entre teoria e prática", aponta. 
O diretor do Centro de Ciências Jurídicas da Unicap, Jaime Benvenuto, se diz satisfeito com a avaliação, mas se mostra preocupado quanto ao mercado jurídico. "Aqui em Pernambuco tem muito mais cursos do que o mercado é capaz de absorver. A falta de qualidade do aluno que sai da maioria dos cursos de direito é muito evidente", reclama. Ele afirma que a Associação Brasileira de Ensino de Direito (Abed), da qual é diretor de Ensino, tem incentivado que haja esse tipo de certificação.
O curso da Unicap tem 3.300 alunos - a cada ano se formam entre 500 e 600. A universidade foi uma das primeiras a ter um núcleo de práticas jurídicas, algo que hoje é obrigatório. Fundado há 52 anos, tem 104 professores, dos quais vinte são doutores e aproximadamente 40 são mestres. Outro ponto que Benvenuto destaca é o fato de a universidade não descartar seus professores. "Aqui eles têm garantia de uma carreira e são incentivados a se qualificar", defende. Dentre as 27 unidades da federação que tiveram seus cursos de direito avaliados, dois estados não tiveram nenhum recomendado: Acre e Mato Grosso. Os cursos desses estados não atingiram a nota mínima dentro dos critérios de avaliação da OAB ou estão submetidos a processos de supervisão do Ministério da Educação (MEC), ou, ainda, tiveram parecer desfavorável da Comissão Nacional de Educação Jurídica da OAB Nacional durante a análise dos processos de reconhecimento ou de renovação.

sábado, 26 de novembro de 2011

MELHORES CURSOS DE DIRETO DO BRASIL

OAB anuncia os 90 melhores cursos de direito do país
23/11/2011 – Correio Braziliense

Dos 1.210 cursos existentes no Brasil atualmente, apenas 90 cursos, ou 7,4%, acabaram sendo recomendados pelo Selo OAB como cursos de destacada qualidade, dentro de critérios objetivos aplicados pela Comissão Especial da entidade para sua elaboração. A OAB outorgará a premiação aos cursos destacados.
No Centro-Oeste, o Centro Universitário de Brasília – UniCEUB foi a única instituição particular a ser indicada pela quarta vez consecutiva. No Distrito Federal, além do UniCEUB, a Universidade de Brasília – UnB recebeu o selo. O objetivo da Ordem é pressionar pelo aumento da qualidade do ensino jurídico no País.

Do total de cursos de Direito do país, 791 foram avaliados depois de preencherem os pré-requisitos de ter participado dos três últimos exame de Ordem unificados, sendo que cada um precisou ter, no mínimo, 20 alunos participando de cada Exame. Em seguida, para apurar os 90 cursos de qualidade recomendada, a Comissão Especial - integrada por advogados, que são professores e especialistas em educação jurídica - utilizou como instrumentos de avaliação uma ponderação dos índices obtidos por eles em aprovação nos Exames de Ordem (2010.2, 2010.3 e 2011.1) e no conceito obtido no último Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), realizado em 2009.

O Selo OAB de 2011 anunciado hoje pelo presidente nacional da OAB é a quarta edição elaborada pela entidade, desde a sua criação em 2001, na gestão do então presidente nacional da entidade, Reginaldo Oscar de Castro. A segunda edição ocorreu em 2003; e a terceira, em 2007. Na nova edição, os 90 cursos destacados pela OAB como de qualidade recomendável, utilizando-se de uma escala de pontos de 0 (zero) a 10, a Comissão Especial - com base nos critérios definidos e relacionados acima - concluiu que a nota mínima para ingressar nesse elenco foi de 6,9 pontos.

Dentre as 27 unidades da Federação que tiveram seus cursos de Direito avaliados, dois Estados não tiveram nenhum recomendado: Acre e Mato Grosso. Os cursos desses dois Estados não atingiram a nota mínima dentro dos critérios de avaliação da OAB ou estão submetidos a processos de supervisão do Ministério da Educação (MEC), ou, ainda, tiveram parecer desfavorável da Comissão Nacional de Educação Jurídica da OAB Nacional durante a análise dos processos de reconhecimento ou de renovação.

As faculdades recomendadas, por estado:

Alagoas
Universidade Federal de Alagoas (UFAL) — Maceió

Amazonas
Universidade do Estado do Amazonas (UEA) — Manaus

Amapá
Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) — Macapá

Bahia
Universidade Católica do Salvador (Ucsal)
Universidade Federal da Bahia (Ufba) — Salvador
Universidade do Estado da Bahia (Uneb) - Juazeiro
Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs)
Unviersidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) — Ilhéus
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) — Campus Zona Rural — Jequié

Ceará
Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA) — Sobral
Universidade Federal do Ceará (UFCE) — Câmpus do Benfica — Fortaleza
Universidade Regional do Cariri (URCA) — Crato

Distrito Federal
Centro Universitário de Brasília (Uniceub) — Brasília
Universidade de Brasília (UnB) — Brasília

Espírito Santo
Faculdades Integradas de Vitória (FDV)
Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) — Vitória

Goiás
Universidade Federal de Goiás — Unidade Sede (UFG) — Goiânia
Universidade Federal de Goiás — Câmpus Avançado de Goiás - Cidade de Goiás

Maranhão
Unidade de Ensino Superior Dom Bosco (UNDB) — Unidade Sede — São Luis
Universidade Federal do Maranhão (UFMA) — Câmpus do Bacanga — São Luis
Universidade Federal do Maranhão (UFMA) — Câmpus Imperatriz — Imperatriz

Minas Gerais
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) — Belo Horizonte
Centro Universitário Newton Paiva — Câmpus Carlos Luz — Belo Horizonte
Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) — Câmpus São Gabriel — Belo Horizonte
Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) — Câmpus Coração Eucarístico — Belo Horizonte
Universidade Fumec (Fumec) — Belo Horizonte
Faculdade de Direito Milton Campos (FDMC) — Unidade Sede — Nova Lima
Faculdades Integradas Vianna Júnior (FIVJ) — Juiz de Fora
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) — Câmpus Cidade Universitária
Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)
Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Mato Grosso do Sul
Fundação Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) — Dourados
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) — Câmpus Dourados

Pará
Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa) — Belém
Universidade Federal do Pará (Ufpa) — Belém
Universidade Federal do Pará (Ufpa) — Marabá

Paraíba
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) — Guarabira
Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) — Campina Grande
Universidade Federal da Paraíba (UFPB) — João Pessoa
Universidade Federal da Paraíba (UFPB) — Sousa

Pernambuco
Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape)
Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) — Recife
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) — Recife

Piauí
Instituto de Ciências Jurídicas e Sociais Professor Camillo Filho (ICF) — Teresina
Universidade Federal do Piauí (UFPI) — Caâmpus Petrônio Portella — Teresina
Universidade Estadual do Piauí (Uespi) — Teresina
Universidade Estadual do Piauí (Uespi) — Picos
Universidade Estadual do Piauí (Uespi) — Parnaíba

Paraná
Universidade Federal do Paraná (UFPR) — Câmpus Centro Curitiba
Centro Universitário Curitiba (Unicuritiba)
Pontífica Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) — Curitiba
Faculdade Estadual de Direito do Norte Pioneiro (Fundinopi) — Jacarezinho
Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Unviersidade Estadual de Maringá (UEM)
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) — Cascavel

Rio de Janeiro
Escola de Direito do Rio de Janeiro (Direito Rio)
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) — Rio de Janeiro
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) — Rio de Janeiro
Unversidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) — Rio de Janeiro
Universidade Federal Fluminense (UFF) — Niterói

Rio Grande do Norte
Faculdade Natalense Para o Desenvolvimento do Rio Grande do Norte (Farn) — Natal
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) — Mossoró
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) — Natal

Rondônia
Universidade Federal de Rondônia (Unir) — Cacoal
Universidade Federal de Rondônia (Unir) — Porto Velho

Roraima
Universidade Federal de Roraima (UFRR) — Boa Vista

Rio Grande do Sul
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) — Câmpus Av. João Pessoa — Porto Alegre
Fundação Universidade Federal do Rio Grande — Rio Grande
Universidade Federal de Pelotas (Ufpel)
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
Centro Universitário Franciscano (Unifra) — Santa Maria

Santa Catarina
Univiersidade Federal de Santa Catarina (UFSC) — Florianópolis

Sergipe
Universidade Federal de Sergipe (UFS) — Câmpus Sâo Cristóvão — Aracaju

São Paulo
Universidade de São Paulo (USP)
Escola de Direito de São Paulo (Direito GV) — São Paulo
Faculdade de Direito Professor Damásio de Jesus (FDDJ) — São Paulo
Universidade Presbiteriana Mackenzie (Mackenzie) — Câmpus Consolação — São Paulo
Faculdade de Ciências Econômicas (Facamp) — Campinas
Pontíficia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) — Franca
Faculdade de Direito de Franca (FDF)
Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo (FDSBC)
Faculdade de Direito de Sorocaba (Fadi) — Unidade Sede
Universidade de São Paulo (USP) — Câmpus Ribeirão Preto
Centro Universitário do Instituto de Ensino Superior COC — Ribeirão Preto
Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo de Presidente Prudente (Unitoledo) — Presidente Prudente

Tocantins

Universidade Federal do Tocantins (UFTO) — Palmas

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ENADE 2010: RANKING DAS MELHORES DO PAÍS E O RESULTADO DAS IES DE PERNAMBUCO



O Ministério da Educação publicou no último dia 17 de novembro o resultado do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes - ENADE 2010. Muitas Instituições de Ensino Superior foram reprovadas, obtendo conceituação abaixo de 3. As instituições avaliadas receberam conceituação de 1 a 5: 1 péssimo2 ruim; 3 satisfatório;  4 bom; 5 ótimo.
Em Pernambuco das 88 instituições avaliadas 34 (38,64%) foram aprovadas e 54 (61,36%)  foram reprovadas. Apenas 4 (4,54%) tiveram conceituação boa. Já em Alagoas das 21 instituições avaliadas 8 (38,10)% foram aprovadas, 13 (61,90%) reprovadas e apenas uma teve conceituação boa, (4,76%). Se formos fazer um estudo comparativo deste resultado entre Pernambuco, que já foi um Estado com destaque em educação no Nordeste e Alagoas, um dos Estados brasileiros com os menores índices educacionais do país, há um empate técnico em mal desempenho das instituições, como pode ser visto nas tabelas abaixo. Essa realidade mostra que Pernambuco que já foi destaque no Enade, hoje se encontra em situação preocupante. Espera-se que este resultado sirva de alerta as instituições de ensino para que elas desenvolvam políticas e ações educacionais de melhoria, além da conscientização dos seus alunos sobre a co-responsabilidade dos mesmos no resultado do exame. 


PERNAMBUCO
INSTITUIÇÃO
CONCEITO
1.      UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
4
2.      UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
4
3.      FACULDADE DAMAS DA INSTRUÇÃO CRISTÃ
4
4.      FACULDADE PERNAMBUCANA DE SAÚDE
4
5.      UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO
3
6.      FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE OLINDA
3
7.      FACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE PE
3
8.      FOCCA - FACULDADE DE OLINDA
3
9.      UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
3
10.  FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS DE LIMOEIRO
3
11.  FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DE PERNAMBUCO
3
12.  FACULDADE DE CIÊNCIAS DE TIMBAÚBA
3
13.  FACULDADE INTEGRADA DO RECIFE
3
14.  FACULDADE BOA VIAGEM
3
15.  FACULDADE METROPOLITANA DA GRANDE RECIFE
3
16.  FACULDADE SÃO MIGUEL
3
17.  INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE PIEDADE
3
18.  FACULDADE DO VALE DO IPOJUCA
3
19.  FACULDADE DO RECIFE
3
20.  FACULDADE ASCES
3
21.  FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU
3
22.  FACULDADE DE ODONTOLOGIA DO RECIFE
3
23.  FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
3
24.  FACULDADE SENAC PERNAMBUCO
3
25.  FACULDADE DE TECNOLOGIA FAMA
3
26.  INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SERTÃO PERNAMBUCANO
3
27.  FACULDADE DOS GUARARAPES
3
28.  INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO
3
29.  INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE PESQUEIRA
3
30.  FACULDADE DE ENFERMAGEM DE BELO JARDIM
3
31.  ESCOLA SUPERIOR DE SAÚDE DE ARCOVERDE
3
32.  FACULDADE MARISTA
3
33.  FACULDADE ESCRITOR OSMAN DA COSTA LINS
3
34.  FACULDADE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE TIMBAÚBA
3
35.  FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA MATA SUL
2
36.  CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE ARCOVERDE
2
37.  FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DE CARUARU
2
38.  ESCOLA SUPERIOR DE RELAÇÕES PÚBLICAS
2
39.  FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS ESUDA
2
40.  CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO VALE SÃO FRANCISCO
2
41.  FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE BELO JARDIM
2
42.  FACULDADE DE CIÊNCIAS APLICADAS E SOCIAIS DE PETROLINA
2
43.  FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE GOIANA
2
44.  FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE ARARIPINA
2
45.  FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS DO CABO DE SANTO AGOSTINHO
2
46.  FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DO SERTÃO CENTRAL
2
47.  FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE PERNAMBUCO
2
48.  FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE AFOGADOS DA INGAZEIRA
2
49.  FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DE IGARASSU
2
50.  ESCOLA SUPERIOR DE MARKETING
2
51.  FACULDADE JOSÉ LACERDA FILHO DE CIÊNCIAS APLICADAS
2
52.  FACULDADE SANTA HELENA
2
53.  FACULDADE DECISÃO
2
54.  FACULDADE DE COMUNICAÇÃO E TURISMO DE OLINDA
2
55.  INSTITUTO PERNAMBUCANO DE ENSINO SUPERIOR
2
56.  FACULDADE LUSO-BRASILEIRA
2
57.  FACULDADE SANTA MARIA
2
58.  FACULDADE DE INFORMÁTICA
2
59.  FACULDADE DA ESCADA
2
60.  FACULDADE EUROPÉIA DE ADMINISTRAÇÃO E MARKETING
2
61.  FACULDADE DE TECNOLOGIA IBRATEC
2
62.  INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE SALGUEIRO
2
63.  INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE OLINDA
2
64.  FACULDADE SANTA CATARINA
2
65.  FACULDADE DE DESENVOLVIMENTO E INTEGRAÇÃO REGIONAL
2
66.  FACULDADE SANTA CRUZ
2
67.  FACULDADES INTEGRADAS BARROS MELO
2
68.   

69.  FACULDADES INTEGRADAS DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO
2
70.  INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE FLORESTA
2
71.  FACULDADE INTEGRADA DE PERNAMBUCO
2
72.  INSTITUTO SALESIANO DE FILOSOFIA 
2
73.  FACULDADE SALESIANA DO NORDESTE
2
74.  UNIÃO DE ESCOLAS SUPERIORES DA FUNESO
2
75.  FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE SERRA TALHADA
1
76.  FACULDADE DE INFORMÁTICA DO RECIFE
SC
77.  FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DE ARARIPINA
SC
78.  FACULDADE NOVA ROMA
SC
79.  FACULDADE DE TECNOLOGIA GESTÃO & MARKETING
SC
80.  FACULDADE SANTA EMÍLIA
SC
81.  FACULDADE DE INTEGRAÇÃO DO SERTÃO
SC
82.  INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE GOIANA
SC
83.  FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS DOS PALMARES
SC
84.  FACULDADE ANCHIETA DO RECIFE PE
SC
85.  FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E EXATAS DO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO
SC
86.  FACULDADE JOAQUIM NABUCO – PAULISTA
SC
87.  FACULDADE DE TEOLOGIA INTEGRADA
SC
88.  FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DE RECIFE
SC







ALAGOAS
INSTITUIÇÃO
CONCEITO
1.      FACULDADE INTEGRADA TIRADENTES
4
2.      INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALAGOAS
3
3.      FACULDADE DA CIDADE DE MACEIÓ
3
4.      UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
3
5.      FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS - MACEIÓ
3
6.      FACULDADE DE ALAGOAS
3
7.      FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU DE MACEIÓ
3
8.      UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS
3
9.      FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS DE ALAGOAS
2
10.  FACULDADE SÃO VICENTE
2
11.  FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DE PENEDO
2
12.  INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE ALAGOAS
2
13.  FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE PENEDO
2
14.  FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS DE MACEIÓ
2
15.  FACULDADE DE TECNOLOGIA DE ALAGOAS
2
16.  FACULDADE FIGUEIREDO COSTA
2
17.  UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS
2
18.  CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE MACEIÓ
2
19.  CENTRO DE ENSINO SUPERIOR ARCANJO MIKAEL DE ARAPIRACA
2
20.  INSTITUTO BATISTA DE ENSINO SUPERIOR DE ALAGOAS
SC
21.  FACULDADE RAIMUNDO MARINHO
SC



Apenas 8% das instituições avaliadas pelo MEC obtiveram bons resultados
Correio Braziliense, 17/11/2011.



Apenas 8% das instituições de ensino superior avaliadas em 2010 pelo Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) podem ser consideradas de boa qualidade. São 158 estabelecimentos de ensino públicos e privados que obtiveram conceito 4 ou 5 no Índice Geral de Cursos (IGC). O indicador, construído a partir da avaliação dos cursos oferecidos por uma instituição, varia de 1 a 5. Conceitos 1 e 2 são considerados ruins; 3 é considerado satisfatório e 4 e 5, bons.



Das 158 instituições de ensino que obtiveram IGC 4 ou 5, 77 são privadas e 81, públicas. A maioria (53%) das 1.826 avaliadas obteve IGC 3, enquanto 37% tiveram IGC 1 ou 2. Entre os estabelecimentos de ensino com resultado insatisfatório, 640 são privados e 43, públicos. Essas instituições deverão passar por um processo de supervisão, comandado pelo Ministério da Educação (MEC) para melhorar a qualidade dos cursos. Há ainda 350 escolas que ficaram sem conceito porque foram criadas recentemente e ainda não têm número suficiente de alunos concluintes para participarem do Enade.


Das 27 instituições com IGC 5, 25 estão no Sudeste e duas no Nordeste. As outras regiões não têm nenhuma escola com conceito máximo. Os três primeiros lugares do IGC 2010 ficaram com instituições particulares: a Escola Brasileira de Economia e Finanças (Ebef) da Fundação Getulio Vargas (FGV), do Rio de Janeiro (RJ) , a Faculdade de Administração de Empresas (Facamp), de Campinas (SP) e a Escola de Economia de São Paulo (Eesp).

Entre as instituições públicas de ensino superior, o melhor resultado foi o da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que aparece em quarto lugar. O Instituto de Tecnologia da Aeronáutica (ITA) completa a lista das cinco melhores do país, segundo o IGC 2010.


MEC vai cortar 50 mil vagas de instituições com nota baixa no Enade
Correio Braziliense, 18/11/2011.

Um terço das instituições de ensino superior brasileiras estão abaixo da média e terão parte de vagas cortadas. Das 2.176 instituições que passaram pela avaliação do Ministério da Educação (MEC) — que levou em conta a nota do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) em 2010 —, 683 tiraram notas 1 ou 2, consideradas baixa, ou seja, 31% do total. No DF, 19 unidades de ensino superior tiveram desempenho insatisfatório (leia matéria abaixo).
Com base nos dados do Enade, o MEC pretende extinguir cerca de 50 mil vagas. Essa suspensão atingirá graduações de ciências da saúde — principalmente enfermagem —, de ciências contábeis e de administração. A medida já vale para 2012.

Destaque
O Ministério da Educação avaliou 2.176 instituições de ensino superior, sendo 229 públicas e 1.947 privadas. Dessas, 77 unidades particulares garantiram notas 4 e 5, consideradas boas.

Em análise
Em 2010, 19 cursos foram avaliados pelo MEC:

Bacharelado e licenciatura
Agronomia
Biomedicina
Educação física
Enfermagem
Farmácia
Fisioterapia
Fonoaudiologia
Medicina
Medicina veterinária
Nutrição
Odontologia
Serviço social
Terapia ocupacional
Zootecnia

Tecnológicos
Agroindústria
Agronegócios
Gestão hospitalar
Gestão ambiental
Radiologia

Públicas mais bem colocadas
1 Universidade Estadual de Campinas
2 Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)
3 Escola de Governo Professor Paulo Neves de Carvalho (MG)
4 Universidade Federal de Lavras
5 Universidade Federal do Rio Grande do Sul
6 Instituto Militar de Engenharia (RJ)
7 Universidade Federal de São Paulo
8 Universidade Federal de Minas Gerais
9 Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto
10 Universidade Federal de São Carlos
11 Fundação Universidade Federal de Viçosa
12 Faculdade de Tecnologia de Mococa
13 Centro Universitário Municipal de São José
14 Universidade Federal do Rio de Janeiro
15 Universidade Federal do Triângulo Mineiro
16 Universidade Federal de Itajubá
17 Universidade Federal de Santa Catarina
18 Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
19 Universidade de Brasília
20 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

USP é meta do governo
A próxima meta do governo federal é tentar incluir no Enade a Universidade de São Paulo (USP), que ainda resiste em participar do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Com a adesão da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a instituição se tornou a única universidade estadual paulista fora do sistema de avaliação do Ministério da Educação (MEC).

A esperança do ministro Fernando Haddad é de que, com o resultado bastante positivo da Unicamp, a USP se anime. “Vamos fazer agora um escândalo para a nossa USP participar dos Sinaes. O convite está sempre reiterado”, disse. 

Apenas as universidades federais e particulares são obrigadas a participar do Enade. As estaduais, embora sejam sempre convidadas, podem se recusar a fazê-lo. (GC)



Folha.com, 17/11/2011 
Faculdade de Economia da FGV é melhor do país na avaliação do MEC 
DE SÃO PAULO
A EBEF (Escola Brasileira de Economia e Finanças) da FGV (Fundação Getúlio Vargas) foi a instituição de ensino mais bem avaliada pelo índice do MEC, divulgado nesta quinta-feira. A instituição, que fica no Rio de Janeiro, teve IGC (Índice Geral de Cursos) de 4,89, faixa 5 (a maior do índice). O indicador que leva em conta a nota dos alunos no Enade (exame federal) e outros indicadores como infraestrutura e qualidade do corpo docente. O índice tem notas que vão de 1 a 5, e são consideradas insatisfatórias as médias 1 e 2. Foram avaliadas 2.176 universidades, faculdades e centros universitários.
Em segundo lugar no ranking geral (com instituições públicas e privadas), ficou a Facamp (Faculdade de Administração de Empresas), em Campinas (SP), com IGC de 4,74, faixa 5. Em terceiro lugar, ficou a EESP (Escola de Economia de São Paulo), também ligada à FGV, com IGC de 4,73, faixa 5. 

Dentre as instituições públicas, a Unicamp é a mais bem avaliada pelo IGC, com 4,69, faixa 5, e ocupa o quarto lugar no ranking geral. A USP (Universidade de São Paulo), considerada a universidade mais importante do país, não
aparece no ranking, pois não participa do Enade. As 158 instituições bem avaliadas (IGC 4 ou 5) que têm algum pedido de abertura de novos cursos em tramitação no MEC poderão ter autorização automática, sem necessidade de visitas. Já as 683 instituições com notas baixas vão passar por supervisão do governo federal e podem ser alvo de medidas que vão do arquivamento de pedidos de abertura de novos cursos até o descredenciamento.